“Dia de Festa” curta-metragem da realizadora Sofia Bost, integrará a competição internacional dedicada às curtas-metragens do 57th New York Film Festival (NYFF), a realizar-se de 27 de setembro a 13 de outubro, revelou hoje o evento.
Produzida pela Uma Pedra no Sapato e com promoção internacional da Agência da Curta Metragem, "Dia de Festa" teve estreia internacional do festival Semana da Crítica do Festival de Cannes e estreia nacional no Curtas Vila do Conde. O filme acompanha o dia de Mena no aniversário da sua filha Clara, e conta com a participação das actrizes Rita Martins, Melissa Matos, Teresa Madruga, Sandra Celas, Mariana Silva, Sara Gonçalves e Fernanda Neves.
Os programadores da secção Shorts do NYFF descrevem o filme: "Uma mãe solteira, sem dinheiro, é colocada numa situação de conflito familiar não resolvido enquanto tenta organizar a festa do sétimo aniversário da filha. O drama de Sofia Bost, filmado em 16mm, apresenta-se repleto de performances luminosas e aborda o tema complexo da maternidade, bem como os lamentos inconsoláveis herdados por cada geração".
“Sol Negro” curta-metragem da realizadora franco-portuguesa Maureen Fazendeiro, terá a sua estreia internacional no Festival Internacional de Cinema de Toronto, que se realiza de 5 a 15 de setembro.
Produzido pela O Som e a Fúria (Portugal) e Norte Productions (França) e com promoção internacional da Agência da Curta Metragem, o filme põe em confronto um dia de eclipse solar em Lisboa e excertos de um poema de Henri Michaux, lido pela atriz francesa Delphine Seyrig.
“Sol Negro” integra a secção Wavelengths do Festival de Toronto, uma secção exclusiva para filmes de vanguarda que coloca em evidência a inovação formal e expressões originais cinematográficas, no contexto de um dos maiores e mais movimentados festivais de cinema do mundo. Os programadores definem o filme na página do festival: "Enfatizado pela recitação evocativa de um poema de Henri Michaux pela lenda do cinema francês Delphine Seyrig, o filme de Maureen Fazendeiro é um retrato misterioso e multi-texturizado de espectadores de um eclipse em Portugal".
Maureen Fazendeiro releva: “Sol Negro é o meu primeiro filme feito por inteiro em Portugal, país para onde vim viver em 2014. Em março de 2015, reuni uma pequena equipa, pedi emprestada uma câmara e, utilizando sobras de película 16mm a preto e branco, filmei o eclipse total do sol, visível a 67% do observatório astronómico de Lisboa. Nesse dia recolhi uma série de retratos de espectadores maravilhados. Quando em 2019, graças a um apoio à pós-produção, pude retomar a montagem interrompida quase quatro anos antes, tratava-se de fazer a arqueologia de um filme a partir de fragmentos de imagens e sons colecionados ao longo do tempo. Lembrei-me de um poema de Henri Michaux que fala de um país imaginado onde só há um sol por mês, evento que desperta uma certa agitação nos seus habitantes.”
Depois de “Motu Maeva”, documentário galardoado no DocLisboa, “Sol Negro” é o segundo filme de Maureen Fazendeiro, que teve estreia mundial, em Julho último, na competição do Curtas Vila do Conde.
"Cães que Ladram aos Pássaros" de Leonor Teles terá estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Veneza
"Cães que Ladram aos Pássaros" é a nova curta-metragem da realizadora portuguesa Leonor Teles, cuja estreia mundial vai acontecer no Festival Internacional de Cinema de Veneza, que se realiza de 28 de agosto a 7 de setembro.
O filme, que integra a secção competitiva Orizzonti Short Films Competition, acompanha os dias de verão de Vicente e da sua família, obrigados a sair da sua casa no centro do Porto, por força da especulação imobiliária.
Produzido pela Uma Pedra no Sapato e com promoção internacional da Agência da Curta Metragem, CÃES QUE LADRAM AOS PÁSSAROS, foi inteiramente rodado na cidade do Porto. "Toma uma cidade que não é a minha, um lugar que me é desconhecido e não me pertence. No entanto, não deixou de ser, por isso, menos pessoal que os filmes anteriores. A ligação que criei com a família que filmei mantém-se e parece ser essa a constante no meu trabalho: as pessoas e a minha relação com elas", afirma a realizadora.
Depois de “Balada de um Batráquio” (Urso de Ouro de Melhor Curta-Metragem na Berlinale 2016), esta é a segunda curta de Leonor Teles, realizadora que estreou no início deste ano, em circuito comercial, a longa Terra Franca (Prix International de la SCAM no Cinéma du Réel, Prix de La Ville d’Amiens at Festival d’Amiens e Mejor Opera Prima Internacional no Festival Mar del Plata).
Está fechada a programação para 27ª edição do Curtas. O festival regressará a Vila do Conde com uma selecção de mais de 250 filmes de produção recente que pretendem ser um espaço de descoberta, reencontro e divulgação para novos e consagrados autores.