HÖHENRAUSCHSiegfried A. Fruhauf, 1999 Austria,
EXP , 00:04:00 , COLMountain Trip é uma colagem cinematográfica construída a partir de centenas de postais austríacos, um meio que reflecte como nenhum outro os ícones mais conhecidos de um país. (Siegfried A. Fruhauf) Os parâmetros desta experiência foram definidos com clareza: Duas filas de postais com motivos de montanhas (os postais da fila superior foram virados de pernas para o ar) são justapostos de tal forma que as montanhas apontam para outras montanhas, o topo de um maciço contra um prado, etc., lembrando cartas chinesas do tipo "cadavre exquis" que podem ser dispostas de forma a mostrar uma paisagem sem fim. A câmara move-se para a direita e a sua velocidade varia enquanto se ouve música alpina num loop monótono.
Seria de esperar que os movimentos da câmara acelerassem, com as montanhas a fluírem juntas em direcção a uma linha que se dissipa. Em vez disso, Fruhauf trabalha com imponderáveis, quebras e irritações. A aceleração não é contínua; existem novas abordagens, repetições dos motivos e saltos. As transições são bruscas, como se os postais estivessem a ser segurados nas mãos de alguém; a unidade das cenas individuais é extremamente instável...
Inicialmente, o olhar do espectador aceita de bom grado os panoramas alpinos, porém, gradualmente o olhar é canalizado em direcção a uma corrente subterrânea intermédia, a fronteira irregular entre o alto e o baixo. A justeza dos detalhes das montanhas (de acordo com as estatísticas, a maioria das pessoas ainda pensa em paisagens montanhosas quando lhes pedem para imaginar uma "imagem bonita") dissolve-se numa dinâmica não-referencial. Somos recordados de como os limites ganham vida durante as várias horas que dura La Région Centrale de Michael Snow e eventualmente poderemos lamentar que esta viagem termine depois de apenas quatro minutos.