SONG CYCLE, de Nuno da Luz
A construção meticulosa das gravações que compõem a série environments™, em nome da produção de efeitos psico-acústicos completamente subjectivos, coloca em confronto a experiência auditiva do que nos rodeia com os desejos e intenções com que, inevitavelmente, a percepcionamos e é nesse desfasamento que esta instalação opera. Textos retirados das notas incluídas nos 11 álbuns publicados pela Syntonic Research, Inc., entre 1969 e 79, acompanham uma sequência de gravações de campo realizadas entre 2012 e este mesmo mês, que incluem a rebentação das ondas na costa Portuguesa, florestas na Alemanha, cursos de água glaciar na Islândia, tempestades no Novo México, o vulcão de Stromboli, cigarras na Sicília, e a nossa pulsação. Entre tempo real e som sintetizado, da artificialidade à reterritorialização da nossa experiência.
Nuno da Luz (Lisboa, 1984)
Nuno da Luz é um artista e publicador cujo trabalho cirscunscreve tanto o auditivo como o visual, na forma de eventos sonoros, instalações e material impresso; estes últimos na sua maioria distribuídos pela publicadora ATLAS Projectos (em conjunto com André Romão e Gonçalo Sena) e pela editora discográfica Palmario Recordings (em conjunto com Joana Escoval). Recentemente terminou o programa de mestrado Experimentação em Arte e Política SPEAP em Sciences Po, Paris e fundou o colectivo pluridisciplinar COYOTE, que investiga novas formas de comum-ificação (criar comunidade) via publicações, filmes, conferências e outros formatos experimentais. Projectos mais recentes incluem as performances ao vivo “com Ressonância Assistida” em Ficarra (Itália), Paris, Nova Iorque, Porto e Berlim; assim como a exposição individual “Wilderness” na Vera Cortês Art Agency. Outras exposições individuais incluem “laissez vibrer”, enblanco projektraum (Berlim, 2013) e CAVE/Solar (Vila do Conde, 2013), e “O nosso silêncio é um aviso, o nosso silêncio é sólido”, Vera Cortês Art Agency (Lisboa, 2012). Exposições colectivas mais recentes incluem “CIDRA DA LUZ ESCOVAL MANSO MENDES ROMÃO SENA”, AR Sólido (Lisboa, 2015), “Ficarra_Contemporary Divan”, Palazzo Milio (Ficarra, 2015), “A polyphonic wave of of concrete materials flowing through the air”, Espaço Artes (Porto, 2014) e “12 Contemporaries: Present States”, Museu de Serralves (Porto, 2014).
PRECISE PARTS, de Pedro Henriques
Precise Parts intercepta um campo ambíguo entre imagem e objecto, congelando situações simultaneamente escultóricas e fugidias, materialistas e evanescentes.
Pedro Henriques (Porto, 1985)
Pedro Henriques apresenta Precise Parts, um conjunto de objetos que interceptam um campo ambíguo entre imagem e volume, congelando situações simultaneamente escultóricas e fugidias, materialistas e evanescentes. São incursões pictóricas num campo expandido e volumétrico, quase ergonómico. O seu trabalho cruza diferentes campos plásticos, ancorados sobretudo na bidimensão e no problema da construção de imagens. Exposições recentes incluem: Under the Clouds: From Paranoia to the Digital Sublime (Museu de Serralves, Porto); Sidewinder (Galeria Pedro Alfacinha, Lisboa); Tempo Perdido no Porto (Oporto, Lisboa); Novo Banco Revelação (Museu de Serralves, Porto); Prémio EDP Novos Artistas (Galeria da Fundação EDP, Porto); Le Petit Lenormand (Vera Cortês Art Agency, Lisboa).
A pensar na quadra natalícia, a Loja das Curtas apresenta um conjunto de sugestões de presentes até 10 euros! O espaço propõe um conjunto de artigos únicos relacionados com áreas como Cinema, Animação, Ilustração, Música e produtos do Curtas Vila do Conde e das restantes atividades da cooperativa.
A loja das Curtas, situada na Solar - Galeria de Arte Cinemática, está aberta todos os dias, entre as 14:00 e as 18:00, e online em http://curtas.pt/loja/
À semelhança do ano passado, a equipa da Curtas Metragens CRL é a responsável pela tradução e legendagem dos filmes do Porto/Post/Doc, que decorre entre 1 e 8 de dezembro.
A segunda edição do Festival de Documentários vai apresentar as produções do Curtas Vila do Conde “Noite Sem Distância”, realizada por Lois Patiño, e “A Glória de Fazer Cinema em Portugal”, de Manuel Mozos.
Há um projecto português entre os seleccionados para o Fórum de co-produção Euro Connection no festival de Clermont- Ferrand. A produtora Terratreme e o realizador JoãoVladimiro - que preparam agora uma nova curta-metragem intitulada Do Berço prá Cova - foram escolhidos pelo júri do Euro Connection entre as dezenas de candidaturas a concurso.
Os 15 projectos seleccionados pelo júri serão apresentados durante as sessões de pitching do Fórum de co-produção nos dias 9 e 10 de Fevereiro de 2016, naquele que é um dos maiores mercados de curtas-metragens do mundo. Será ainda convidada a estar no fórum a produtora Animais AVPL, em representação do projecto Entre Sombras, de Alice Guimarães e Mónica Santos.
Em anos anteriores foi apresentado um projecto por país (no caso de Portugal, alguns exemplos são Rafa, de João Salaviza - que depois veio a estrear no Festival de Berlim -, Abismo, de Leonor Noivo, projecto que se irá agora transformar numa longa metragem, ou Papel de Natal, de José Miguel Ribeiro), contudo, face ao sucesso desta iniciativa e ao elevado número de candidaturas, o Euro Connection decidiu submeter os projectos seleccionados nacionalmente a um júri internacional final que escolheu os 15 participantes. o Curtas Vila do Conde e o IndieLisboa são os festivais associados ao Euro Connection em Portugal.
Depois de terem sido apresentadas, em julho, em estreia mundial, no Curtas Vila do Conde, as produções da Curtas Metragens CRL integraram o circuito internacional dos festivais de cinema tendo marcado presença, entre outros, em festivais como o de Locarno, Cine Mar del Plata e o Doclisboa.
Os filmes “A Glória de Fazer Cinema em Portugal”, de Manuel Mozos, e “Vila do Conde Espraiada”, de Miguel Clara Vasconcelos, preparam-se agora para serem exibidos no Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, que decorre entre os dias 6 e 13 de dezembro. As curtas-metragens foram apresentadas, em novembro, no Festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, juntamente com o filme de animação “Nossa Senhora da Apresentação”, realizado por Abi Feijó, Alice Guimarães, Daniela Duarte, Laura Gonçalves e Paulo D’Alva, no âmbito de uma residência artística na Solar – Galeria de Arte Cinemática.
Em dezembro, a 2ª edição do festival Porto / Post / Doc vai exibir os documentários a “A Glória de Fazer Cinema em Portugal” e “Noite Sem Distância”, de Lois Patiño. Este último, já foi exibido em Toronto, Nova Iorque, Canadá, Chile, Espanha, Zagreb, Croácia, entre outros.
Já a curta-metragem “Exodus”, do realizador belga Nicolas Provost, teve a sua estreia mundial no passado mês de novembro no prestigiado IDFA - Festival Internacional de Documentário de Amesterdão.
A curta-metragem “Exodus”, do realizador belga Nicolas Provost será apresentada esta sexta-feira, 20 de novembro, em estreia mundial, no prestigiado IDFA - Festival Internacional de Documentário de Amesterdão que decorre até 29 de novembro.
“Exodus” é um filme não narrativo, editado na forma de slideshow com retratos vivos a partir dos quais Provost viaja através de quatro estados do Oeste dos EUA, fazendo composições de paisagens e situações plenas de beleza cinematográfica.
O filme, uma produção da Curtas Metragens CRL no âmbito da Solar - Galeria de Arte Cinemática, integrará a secção Paradocs que apresentará um showcase de 15 filmes “que ultrapassam a barreira do documentário tradicional, numa intersecção entre o cinema e a arte, a verdade e a ficção, a narrativa e o design”.