Desde 2020, a secção New Voices tem sido o espaço do Curtas particularmente atento aos nomes emergentes do cinema contemporâneo,  procurando mapear o que de mais promissor tem surgido em diversas latitudes. Depois de Ana Maria Gomes, Elena López Riera, Ana Elena Tejera, Jacqueline Lentzou, Jorge Jácome, Ali Asgari e Farnoosh Samadi, em 2022 o destaque vai para a francesa Céline Devaux e para o espanhol Chema García Ibarra.

Com uma carreira iniciada no cinema de animação, Céline Devaux é hoje uma das vozes emergentes do cinema francês e do cinema europeu contemporâneo. Apesar de ainda jovem, nasceu em 1987, já conta no currículo com vários prémios conquistados em festivais de referência, como Clermont-Ferrand, Angers, Chicago e Veneza, e com o reconhecimento da indústria cinematográfica (venceu o César para melhor curta de animação em 2016).

O cinema de Chema García Ibarra incorpora muitas das transformações sociais e políticas da Espanha do século XXI. É um cinema tão iconoclasta que “Protopartículas” (2009) quase parece ser um filme premonitório sobre a pandemia COVID-19. Entre outras distinções, já venceu prémios relevantes e foi selecionado em Sundance, Cannes e Berlim. “Espíritu sagrado” (2021) teve estreia na seleção oficial do Festival de Locarno e três das suas curtas já estiveram também na Competição Internacional do Curtas Vila do Conde.