O espelho de Diana está associado a uma sórdida tradição. Nuns bosques próximos de Roma havia um templo onde se praticavam sacrifícios humanos. O guarda do local era também o rei, o padre e o carrasco. Munido de um ramo dourado, que tirara da árvore sagrada, um escravo fugitivo mata-o e toma o seu lugar. 'Lo Specchio de Diana' mostra-nos imagens da drenagem de um lago afim de recuperar duas galeras pertencentes ao Imperador Calígula, usadas para festas e orgias. O que faz de 'Lo Specchio de Diana' um filme especial é o facto de se recorrer à justaposição de três elementos: um mito, o oportunismo político e a ambição expansionista. A recuperação das galeras de Calígula impedem que o fascismo encontre uma base teórica que o favoreça, o que acaba por preconizar as implicações mais desastrosas do regime:o louco e sangrento imperialismo, segundo o que os realizadores parecem sugerir, é inerente à condição humana.