Na sequência inicial do filme de estréia de Andersson, que teve muito sucesso na época junto da imprensa e do público, o tom da narrativa é estabelecido com aparente facilidade. No final da semana acaba o trabalho de uma pequena garagem. Os trabalhadores recebem os seus salários. É o pino do Verão e tempo de disfrutar a vida. Os dois protagonistas encontram-se nas imediações de um hospital. Ambos vão visitar parentes: um, um avô; outro, uma tia. Em "Uma História de Amor Sueca", estes doentes idosos parecem ser os primeiros sinais visíveis do mundo dos adultos - rígido, deseperado, desiludido e solitário. Entretanto, os jovens namorados tentam prudentemente aproximar-se um do outro. O seu amor não reconhece prestígio social nem barreiras de classe, criando um mundo próprio. Um universo terno e quase naive, mas a única esperança neste mundo, porque pouco se pode esperar dos adultos. Andersson mostra inúmeros detalhes do materialismo desesperado dos adultos. Trinta anos depois, "Uma História de Amor Sueca" continua convicente, pois não é panfletário, uma vez que Andersson revela bastante afinidade com o humor negro e compaixão pelo mundo.