Em 1997 visitei Hong Kong durante cinco dias com o cameraman Hein van Liempd. Tinha ouvido dizer que o aeroporto Kai Tak, que ficava situado no meio da cidade, seria fechado esse ano. A aproximação a Kai Tak constituía uma experiência única para os passageiros. 'Podem-se ler os jornais nas ruas' exclamou um deles. O meu objectivo era fazer um filme sobre aviões e uma cidade. A preparação e a pesquisa para o filme foram feitas na Internet. Descobri que havia vários sites dedicados a 'plane spotters', pessoas cujo hobby é fazer listas do que, onde e quando viram certos tipos de aviões. Sentado em casa em frente ao computador encontrei cerca de dez bons lugares de Hong Kong para fazer 'plane spotting'. A preparação para o filme foi completamente virtual. Fiz um horário de filmagens, encontrei um voo barato e lá fomos nós. Chegámos a Hong Kong com jet-lag, encontrámos o hotel, alugámos um carro, verificámos o nosso equipamento e antes que déssemos conta tínhamos aviões a sobrevoar-nos de dois em dois minutos. Ent