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2004 - ANDY WARHOL'S EXPLODING PLASTIC INEVITABLE

ANDY WARHOL'S EXPLODING PLASTIC INEVITABLE
ANDY WARHOL'S EXPLODING PLASTIC INEVITABLE

Ronald Nameth

 · 

1966

 · 

USA

 · 

22

'

Exposição Electric Guitar, 2004, Solar, instalação vídeo.Andy Warhol, famoso pelas suas pinturas Pop, também criou obras importantes para o cinema através da utilização da projecção de filmes enquanto ambiente tridimensional. O seu trabalho na área da projecção múltipla culminou num ambiente multimédia intitulado "The Exploding Plastic Inevitable".Em 1966, durante cada noite e ao longo de uma semana, o realizador Ronald Nameth filmou "EPI" para construir um registo do evento. O seu filme constitui hoje em dia o único filme extensivo que documenta o acontecimento. Nameth editou versões para projecções em um ecrã e para instalações em quarto ecrãs recriando assim a experiência especial que é "EPI".O 'sensorium' de Andy Warhol "Exploding Plastic Inevitable" foi, enquanto durou, o mais eficaz e singular ambiente de discoteca que antecedeu a era do Fillmore/Electric Circus, e pode dizer-se que EPI nunca foi igualado. De forma semelhante, a homenagem cinematográfica a EPI feita por Ronald Nameth assume-se como um monumento à excelência no género "kinetic rock-show".Nameth conseguiu transformar o seu filme em algo que ultrapassa o mero registo de um evento. Tal como o espectáculo de Warhol, EPI de Nameth é uma experiência e não uma ideia. De facto, o etos do estilo de vida de vida Pop parece ser sintetizado na maravilhosa obra prima 'cinestetica' de Nameth. Aqui, forma e conteúdo são virtualmente sinónimos e não existe qualquer mal entendido no que toca ao que vemos.É como se o filme tivesse explodido e fosse recomposto numa amálgama de fragmentos e prismas. Gerard Malanga e Ingrid Superstar dançam freneticamente ao som da musica dos Velvet Underground (Heroin, European Son, e uma composição quase indo-oriental), enquanto a sua imagem fantasmagórica e contorcida em "Vynil" de Warhol é projectada no ecrã situado em segundo plano. Sente-se uma sensação espectacular de energia frenética e incontrolável, transmitida na sua quase totalidade pela sofisticada manipulação que Nameth faz do meio.EPI foi fotografado em cor e a preto e branco durante uma semana de performances pela trupe de Warhol. Como o ambiente era escuro e por causa do ciclo do flash das luzes strobe, Nameth filmou em oito frames por segundo e imprimiu as filmagens na forma usual de vinte e quatro frames por segundo. E mais, Nameth desenvolveu uma curva matemática para a repetição de frames e para as sobreposições de forma a que o resultado é um mundo estranho em câmara lenta contra um ambiente sonoro de inacreditável frenesim As cores foram sobrepostas sobre negativos preto e branco e vice versa. Um extraordinário efeito de grão de cor distorcida resultou do facto de Nameth puxar a sensibilidade da sua película a cores; desta forma as imagens muitas vezes parecem perder a sua coesão, como se tivessem sido repelidas pela pura força do ambiente.Ver este filme é como dançar numa sala de strobes: o tempo pára, o movimento é retardado, o corpo parece separar-se da mente. O ecrã esvai-se para as paredes e para os assentos. Estouros de cor em tons de fogo explodem de forma lenta e furiosa. Pistolas de strobe em staccato provocam galáxias de insectos em câmara lenta sobre close-ups e imagens em stop-motion das caras extáticas e desorientadas das pessoas que dançam. O aspecto mais impressionante do trabalho de Nameth é o uso que ele faz do freeze-frame para gerar a sensação de intemporalidade. Stop-motion é literalmente a morte da imagem: somos imediatamente excluídos da ilusão da vida cinematográfica - a iminência do movimento - e a imagem é subitamente relegada para um passado imóvel, deixando no seu lugar uma aura predominante de melancolia. La Jet6 de Chris Marker, Echoes of Silence de Peter Goldman e os 400 Golpes de Trauffaut são memoráveis pelo tipo de trabalho em stop-motion que Nameth aqui eleva a uma beleza quintessencial. As cenas finais de Gerard Malanga movendo a cabeça em câmara lenta e parando em várias posições criam uma atmosfera fantasmagórica, um ambiente etéreo e intemporal que se detém e perturba muito após as imagens se terem desvanecido.

 

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Ronald Nameth
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 no Curtas

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