Ainda mais do que nos seus vídeos anteriores, em “Flow” liatrabalha com formas quase decorativas que correm loucas no ecrã sobre ao som damúsica criada por Vítor Joaquim. Os elementos básicos são, como sempre, figurasgráficas extremamente delicadas. De início, parecem-se com partículasmicrobiológicas, com botões de flor Art Déco ou Jugendstil e calyxes (?) florescendodelas, e que são depois cobertas por uma densa rede, a fazer lembrar bambu. O seucarácter estético refere-se aparentemente à arte minimalista do Oriente. A impressãoresultante do movimento rápido é criada não a partir dos próprios elementos, que narealidade nem se mexem, mas das infinitas multiplicações a que são ininterruptamentesujeitos.