Neve, nevoeiro, nuvens – e no meio de tudo isto, um maciço que mal se percebe. Ou melhor, um ruído branco a partir do qual gradualmente emergem alguns contornos e da mesma forma se dissolvem: como se se tratassem de luzes fantasma no nevoeiro digital que domina a vastidão desta composição. Um pico de montanha, apenas discernível e que desaparece de novo no momento em que aparece. O material de base para bellevue são imagens de Großglockner feitas com webcams que a directora colecionou durante meses e condensou numa “imagem-tempo” de nove minutos. O seu método tira partido dos planos rígidos, principalmente porque dentro deles, o jogo de aparecer e eludir, de revelar e esconder, pode permitir o maior efeito possível.