Guy Maddin, cujo brilhante trabalho até agora tem muitas vezes envolvido uma apropriação provocadora mas respeitadora dos mecanismos do cinema dos anos 20, neste caso evolui algumas décadas através de uma excepcional colaboração, uma homenagem a um dos mais influentes cineasta de meados do século XX: Roberto Rossellini. A sua colaboração é com a filha de Rossellini, Isabella, uma notável artista de cinema de pleno direito que esboça aqui um retrato do seu pai que é ao mesmo tempo íntimo e comovedor. Isabella Rossellini também encarna várias figuras marcantes na vida de seu pai:Chaplin, Fellini, Hitchcock, Selznick, e a sua própria mãe, Ingrid Bergman. Guy Maddin já foi descrito como um cruzamento entre Jean Cocteau, Luis Buñuel e Orson Welles, todos combinados num homem infantil. A sua extensa e respeitada obra, inclui 6 longas e 18 curtas metragens. Em 1995 foi-lhe outorgado o Lifetime Achievement Award do Festival de Cinema de Telluride. “Quando conheci Guy Maddin, há dois anos durante as filmagens de "The Saddest Music in the World”, soube que queria pedir-lhe emprestadas as suas imagens para ilustrar o filme que queria fazer sobre o meu pai. Nos filmes de Guy, existe uma “nostalgia do cinema”: o aspecto desvanecido e delapidado do preto e branco dos seus filmes enche-me de tristeza – a mesma tristeza que sinto ao tentar agarrar-me à memória dos meus pais.”, Isabella Rossellini.