Um documentário animalesco em forma de filme concertoA Enciclopédia de François Sarhan é um projecto multimédia que inclui instalações sonoras, textos, livros, partituras, ilustrações, filmes de animação, obras musicais, instalações em museus e conferências.Os autores desta obra gigantesca, da qual o olho humano pode apenas distinguir os contornos, são demasiado numerosos para serem todos aqui citados. No entanto não podemos deixar de referir o Mestre Henry-Jacques Glaçon e a sua guarda avançada Huguette Rudette, Hyppolite e Jocelyne Dusmaillet e Hans Righ, incansáveis na busca da Verdade.O conjunto apresenta-se como uma Enciclopédia cujas entradas ou definições são imaginárias, tal como os autores. Os assuntos explorados até agora são: a música (instrumentos, tradições, peixes e pássaros), os animais (insectos, cães e moscas) e os comportamentos (uma série fundamental sobre o acasalamento).A Enciclopédia continuará a desenvolver-se graças à contribuição de artistas e instituições prestigiadas que não quiseram deixar de participar no exercício perigoso que é a busca da Verdade: o Ensemble Intercontemporain, o Festival de Donaueschingen, a Biennale de Salzburgo, Grupo de Percussão Drumming bem como o Festival de Vila do Conde, o Théâtre des Bouffes du Nord, o crWth, etc.sobre “La Vie des Bêtes Par Jocelyne Dusmaillet et Aribert l’Enrfaite”por Henry-Jacques GlaçonEm longíquas paragens, onde o sol raramente se aventura, proliferam animais que cremos conhecer mas cujos comportamentos são, afinal, tão misteriosos como os dos homens.Animais com nomes estranhos e inúmeras variedades de cães merecem-nos desde há muito um olhar atento e amistoso que procura descobrir a vida sem pretender desflorar o seu mistério nem pertubar o tão frágil ecosistema.Jocelyne Dusmaillet e Aribert l’Enrfaite, após anos de estudo no terreno em que não hesitaram em adoptar as formas e a alimentação dos animais observados, revelam-nos enfim os resultados das suas pesquisas.Não duvidemos, o choque é intenso, e muitos dos conhecimentos que tão arduamente adquirimos tornar-se-ão obsoletos: estes seres desconhecidos são seguramente muito mais civilizados que nós, humanos deste jovem século XXI.