Em 1911, como parte de um gigantesco empreendimento, Edward S. Curtis, o famoso fotógrafo do Noroeste, viajou até à ilha de Vancouver, na Columbia Britânica, para conhecer os Kwakwaka'wakw. No ano seguinte, porque precisava de dinheiro para o seu projeto, investigação e trabalho fotográfico, Curtis decidiu que a melhor forma de registar o modo de vida tradicional e as cerimónias dos Kwakwaka'wakw era dirigir um dos primeiros filmes com imagens em movimento. Curtis tinha já filmado em 1906 a dança da Serpente Hopi, que mostrara durante umas conferências, mas isto ia ser em grande escala. A preparação deste filme levou três anos, incluindo a confecção do guarda-roupa; a construção das canoas de guerra, as fachadas das casa, as estacas; e o fabrico das máscaras. George Hunt, assistente no filme, era um Kwakwaka'wakw que, quase vinte anos antes, tinha trabalhado como intérprete de Franz Boas, o conhecido antropólogo. Hunt contribuiu de forma substancial para a história do filme. Selecionado para o Registo Nacional do Cinema pela Biblioteca do Congresso, este primitivo filme/ documentário nativo-americano estreou em 1914 e é uma espantosa obra produzida com a colaboração de membros da tribo. Nesta história de amor e vingança no seio dos Kwakwaka'wakw da Columbia Britância, Motana, o filho de um respeitado chefe, entra em vigília. Espera obter uma enorme força fazendo jejum e enfrentando dificuldades, que o tornarão num chefe tão poderoso como o pai. Curtis mostra as esplêndidas canoas de guerra dos Kwakwaka'wakw, os totens, rituais, hábitos e danças.