“Undead Sun” de Jane e Louise Wilson olha em retrospetiva para o impacto sísmico da Primeira Guerra Mundial e considera como tantos dos produtos desse conflito continuam a moldar a nossa experiência contemporânea. No seu centro encontra-se um agora conhecido padrão de ação militar – novo e de difícil aprendizagem durante a Primeira Guerra Mundial –, em que o controlo do espaço aéreo assume tanta importância estratégica quanto as campanhas em terra. O desejo por esta visão panorâmica, de se erguer acima do impasse das trincheiras, traz consigo os seus próprios avanços rápidos (em óticas de câmara e outras inovações tecnológicas), mas também as suas contramedidas, à medida que os exércitos tentam esconder os seus movimentos e posições deste sempre presente olho no céu. Aludindo à ameaça incessante da exposição a partir de cima, “Undead Sun” destaca estas artes terrenas e subterrâneas do esconderijo e da camuflagem, bem como a contribuição das mulheres a esta faceta da guerra, muitas vezes invisível e que passa largamente despercebida.