O filme revisita, de forma sarcástica, a figura de Joana d’Arc numa versão alternativa mais obscena, cruel e perversa. Rodado em película de 35mm, o filme apresenta um trabalho visual muito interessante assente na plasticidade dos cenários e dos figurinos, que são acompanhados por uma banda sonora condizente. Presente pela terceira vez em Vila do Conde, onde já apresentou “Boro in the Box”, de 2011 (com que venceu o Grande Prémio da Competição Internacional) e “Living Still Life”, de 2012, o realizador francês Bertrand Mandico continua, neste filme, a explorar as atmosferas grotescas e o imaginário surreal que o caracterizam. (PC)