Num lugarejo distante, esquecido pelo tempo e tomado pelo pó e pela precariedade do mundo rural, entra o tolo, montado no seu cavalo, e introduz a história. As crianças brincam, os adultos jogam... Entre o crepitar das chamas das fogueiras que procuram enganar o frio, celebra-se, contudo, a vida. É a segunda curta de Dea Kulumbegashvili, cineasta da Geórgia que se estreia em Vila do Conde, presenteando-nos com uma belíssima fábula, filmada a preto e branco, que nos remete para o universo dos rituais e dos jogos iniciáticos, entre violência e espanto, como num poema, o primeiro beijo, árido como o lugar despojado em que sucede. (VV)