O novo trabalho de Hisham Bizri explora o sentimento humano e a violenta sobrevivência do homem no seu carácter pessoal, religioso e político. Ao longo do filme, o realizador sobrepõe vários momentos paradigmáticos do cinema criando uma ficção-drama onde também aborda o papel do que é o olhar de um realizador, através do recurso de arquivos da obra de Pasolini. Ao filmar, o realizador deixa transparecer o que observa, o que pensa, o que sente. É sobre ele que recai o encargo de descrever, através de imagem e som, a experiência humana. O Curtas Vila do Conde mostra pela terceira vez um trabalho do realizador depois de “A Film”, em 2010, e “Siroco”, em 2012. (SG)