Por vezes os caminhos mais percorridos não são os que estão pré-determinados. Esta é uma das mensagens enunciadas pela atriz do filme, que vai discorrendo, com sabedoria, meditações sobre a vida moderna nas cidades, parada em certos pontos estratégicos que ilustram as suas conclusões. Esta é uma cidade estranha para o nosso interlocutor, que partilha com a atriz a narração do filme, num conjunto de considerações melancólicas sobre a sua adaptação a uma nova casa, a uma nova comunidade. A reflexão interior, esse murmúrio incómodo, e o confronto de identidade provocado pelas ruas, monumentos e habitantes, colocam assim em causa os alicerces pessoais perante novas paisagens. (JA)