O que pode um pequeno filme de menos de três minutos fazer face ao resto do mundo? Primeiro, afirmar uma identidade própria: esta é uma experiência de cinema direto em película de 16mm, onde as imagens se sucedem numa cacofonia de cores e distorção. Depois, colocar-se em causa, numa autocrítica onde a película é manipulada com arranhões, apagões e queimaduras, expondo a fragilidade e efemeridade do próprio filme, que se extingue a si mesmo como um breve cigarro. (JA)