Uma série de figuras brancas sobre fundo negro surgem como fantasmas ou criaturas indefinidas. Um contínuo e acelerado fluxo de formas abstratas sucedem-se rapidamente, aparecendo e desaparecendo, crescendo e diminuindo, e vão-se transfigurando entre o orgânico e o geométrico. Fluindo ao ritmo acelerado da música que as acompanha, estas formas envolvem-se numa dança que se torna quase hipnótica, e que nos transporta para lugares distantes, que são os da nossa imaginação. Somos convidados a participar num jogo em torno da ambiguidade das imagens, cuja simplicidade formal acentua o seu poder de sugestão. Josh Lewis é um artista e cineasta experimental que nasceu em Hong Kong e trabalha em Nova Iorque. A sua obra situa-se na interseção entre a abstração, o documentário e a narrativa. Os filmes que produz manualmente, explorando o potencial do cinema enquanto matéria, têm vindo a ser apresentados em diversos espaços expositivos e festivais de cinema. Este ano, apresenta trabalho pela primeira vez no Curtas Vila do Conde. (RM)