Uma figura estranha, inquieta, caminha indefinidamente em direção a nós. Tanto pode ser uma pessoa como um diabo. A cruz que ostenta na sua mão lembra os mitos e as histórias populares mais antigas. Neste seu novo filme, Adrián Canoura parte da história da Santa Compaña galega e dos poemas de Rosalía de Castro para construir um filme difuso, que provoca uma estranheza e uma sensação de maldição que rima com os tempos ancestrais. Depois da sua estreia mundial no Filmadrid, “Caerán Lóstregos Do Ceo” chega à competição experimental do Curtas, numa estreia de Canoura no festival. (DR)