Quando Federico encontra no frigorífico os knishes de batata (prato típico judeu), que a sua avó recém-falecida lhe deu, tudo muda na relação com a sua namorada. Versão condensada de uma certa sociedade argentina onde se misturam religião, psicologia, comida, dança e uma boa dose de humor, “Shakti” marca o regresso do realizador Martín Rejtman à curta-metragem muitos anos depois, afirmando mesmo que a “aparente falta de ambição” de uma curta funciona como “um antídoto saudável contra os intermináveis capítulos e temporadas” que alastram no cinema actual. Estreante na competição do Curtas, é um dos nomes mais significativos do cinema contemporâneo da Argentina, tendo realizado a sua primeira longa-metragem em 1992, e a sua obra já foi objeto de retrospetivas em vários países, incluindo Portugal. (MD)