O que vale ainda uma fotografia? O que pode ainda, na verdade, fazer um fotojornalista perante o estado do mundo? Com um argumento que foi adaptado a partir de uma série de poemas autobiográficos, esta é a história de um homem desiludido e os efeitos que uma reportagem, e uma fotografia em particular, têm sobre o seu futuro. Depois de ser chamado a cobrir o funeral de um imigrante iraquiano assassinado em Nova Iorque, o protagonista é abordado por uma das mulheres em luto, que lhe pede para publicar uma foto do pai, para este ser recordado pela forma como viveu e não apenas por estar morto. As imagens de convulsão social exibidas numa televisão antiga acompanham a confusão do personagem principal. O período de tempo em que decorre a história é indefinido pelo uso repetido de aparelhos analógicos que parecem remeter para outro tempo, quando as imagens eram sagradas. Emocionado pela história da filha do iraquiano, frustrado pela sua incapacidade, o fotógrafo negligencia a própria família enquanto procura um novo caminho. Este é um filme feito a três por James Franco, Pedro Gómez Millán e Zachary Kerschberg, estreantes no Curtas, resultado de um projeto colaborativo.