No interior de Portugal, este é um verão cauteloso, depois de uma vaga de incêndios e da morte de um amigo. Em qualquer caso, estamos quase na altura das festas dos Santos Populares, em que, como diz o protagonista, pode-se “fingir que nada aconteceu e continuar a dançar”. Mas para Chico isso não é tão fácil, já que vê-se da parte de fora do seu grupo de amigos. Um drama emotivo e sensível, em que o ambiente de tensão criado à volta da narrativa e a forma preocupada como a câmara acompanha a personagem principal, um solitário, contribuem para um olhar complexo e afetivo. (JA)