Na quarta participação de João Pombeiro nesta competição, as suas composições visuais que recorrem a colagens superdetalhadas de diferentes elementos continuam a impressionar pela sua criatividade, complexidade e imaginação. Depois de uma espécie de prólogo, em que um “sample” de uma voz caracteriza um espaço não identificado mas evocativo da “suburbia” americana, ilustrado com recortes (como “samples” visuais) de diversos elementos visuais associados a esse universo, somos conduzidos numa viagem imersiva a um imaginário singular que acompanha a música de Surma, criando uma narrativa própria sobre essas imagens, com especial destaque para as transições entre diferentes quadros-cenários, como portais para novas possibilidades. (JA)