No caso de João Salaviza, é mesmo o segundo grande prémio que o jovem realizador vence depois da Palma de Ouro para "Arena". Com "Rafa" - o filme que apresentou nesta Berlinale - Salaviza arraca, agora, o Urso de Ouro para melhor curta-metragem. Prova indelével da vitalidade da curta-metragem portuguesa que nos últimos anos tem colecionado presenças e prémios em muitos festivais internacionais. Salaviza venceu, em 2005, no Curtas, o prémio principal do Take One!, uma competição de filmes de escola, para o projeto "Duas Pessoas". No ano passado, o autor realizou, em parceria artística com o músico Norberto Lobo, a curta "Strokkur", integrada no projeto Stereo (encomenda do
Estaleiro e cuja estreia se deu no Curtas 2011) e que já tem um bom percurso internacional.
Miguel Gomes é um nome histórico do Curtas Vila do Conde, com presenças em vários anos na competição nacional, que venceu, em 2006, com "Cântico das Criaturas". A sua primeira obra, "Entretanto", também fora galardoada, em 1999, com o prémio de melhor realização. Em Berlim, apresentando a sua terceira longa-metragem, "Tabu", Gomes venceu dois importantes prémios: o Prémio Alfred Bauer, atribuído a um filme que abre novas perspectivas para o cinema; e Prémio FIPRECI, atribuído pela crítica presente no festival.
Estes prémios, atribuídos num dos mais prestigiados festivais internacionais, são o culminar de vários anos de uma intensa atividade cinematográfica que, mais uma vez, provam a vitalidade internacional do cinema português.
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