Uma das mais recentes secções do Curtas, o Cinema Revisitado pretende manter bem viva a memória cinéfila.
Nos últimos anos, assistimos a um crescendo da redescoberta da história do cinema. A este facto, não será alheia a definição de novos estandartes para a indústria e distribuição cinematográficas, tal como para consumo doméstico.
A definição e qualidade dos suportes digitais tem vindo a ser incrementada, tal como a parafernália tecnológica que permite a digitalização e restauro de cópias. O Curtas soube conviver com a evolução dos formatos e suportes, não deixando de ter abertura suficiente para cumprir com todos os requisitos técnicos, desde a projeção de filmes em 16mm e 35mm a várias velocidades, por vezes até de cópias de película de nitrato, a todos os formatos de vídeo e, mais recentemente, ao cinema digital.
Essa capacidade técnica mantém-se instalada, mo que permite fazer um trabalho mais aprofundado sobre os pontos essenciais da memória do cinema.
Desde o programa do primeiro Curtas que é proposta uma reflexão sobre o papel dos festivais de cinema em relação à edificação da memória, colocando em destaque o cinema mais autoral, ora focando-se nos cineastas mais consagrados, ora revelando a obra de cineasta praticamente desconhecidos em Portugal
Na edição 2022, o Curtas preparou duas homenagens a dois enormes cineastas que continuam a figurar nas margens das histórias tradicionais do cinema: a obra do português António Campos, reconhecido como pai do cinema etnográfico português.
O francês François Reichenbach, nome esquecido da geração da Nouvelle Vague, retrospetiva desenhada em co-produção com a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, da Fundação de Serralves. Ainda sob a ideia da descoberta, a sessão FILMar propôs o resgate de algumas obras esquecidas, filmadas em zonas costeiras próximas de Vila do Conde.
O Cinema Revisitado 2022 lembrou ainda a obra de Alain Resnais e de Pier Paolo Pasolini, assinalando o centenário do nascimento de ambos: o francês com uma sessão recheada de curtas imperdíveis que são já clássicos do cinema; e o italiano através da exposição "Teorema", preparada por Laurent Fiévet.
Destacou-se ainda uma sessão programada pelo crítico João Lopes, que emparelha filmes de Resnais e Reichenbach. Um dos momentos altos da programação foi o regresso ao clássico "The Outsiders" (1983), de Francis Ford Coppola, agora numa cópia imaculadamente restaurada em 4K que inclui novas cenas e uma banda sonora alterada e ampliada.
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