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O 31.º Curtas em números
268 filmes, 86 sessões, 3 concertos, 4 exposições, 12 conversas, 8 eventos de indústria, 10 happy hours e festas e cerca de 20 mil espectadores.
O 31.º Curtas em números: 45 filmes nas competições Internacional e Nacional, num total de 268 filmes, provenientes de 40 países, exibidos em 86 sessões, integrando ainda 3 concertos, 4 exposições, 12 conversas, 8 eventos de indústria e 10 happy hours e festas, com um total de 20 mil espectadores.
Secções marcadas pela diversidade geográfica e de estilos (ficção, documentário e animação), as Competições Internacional e Nacional da 31.ª edição do Curtas de Vila do Conde apresentaram uma seleção de 45 filmes. Do lado dos veteranos, destaque para as estreias nacionais das mais recentes obras de Lucrecia Martel (Camarera de Piso), Carla Simón (Carta a Mi Madre Para Mi Hijo), Antonin Peretjatko (Les Algues Maléfiques), Jean-Gabriel Périot (L’effort des Hommes) e a dupla Benjamin de Burca e Bárbara Wagner (Fala da Terra). Do lado dos novos autores, terá sido uma oportunidade para descobrir as obras da francesa Sarah-Anaïs Desbenoit, do egípcio Morad Mostafa, da francesa Julia Kowalski, do chinês Zhang Dalei, do franco-alemão Lucas Malbrun, do italiano Francesco Sossai e da espanhola Irati Gorostidi Agirretxe.
No plano nacional, um olhar transversal para o cinema que se produz hoje, de norte a sul do país. Passaram por Vila do Conde ao longo da semana trabalhos de António Pinhão Botelho, Basil da Cunha, David Ferreira, Dimitri Mihajlovic & Miguel Lima, Diogo Baldaia, Duarte Coimbra, Francisco Carvalho, Inês Teixeira, Mário Macedo & Vanja Vascarac, Marta Monteiro, Mónica Lima, Nuno Amorim, Pedro Bastos, Pedro Neves, Susana Abreu e Tomás Baltazar. A programação de filmes produzidos em Portugal integrou ainda uma sessão especial com as três curtas que integraram o programa Fábrica de Realizadores – Norte de Portugal, exibido em Cannes (Espinho, de André Guiomar e Mya Kaplan; Maria, de Mário Macedo e Dornaz Hajiha; As Gaivotas Cortam o Céu, de Mariana Bártolo e Guillermo Garcia Lopez), assim como as exibições, na sessão de Panorama Nacional, de Pátio do Carrasco, de André Gil Mata, Naquele Dia em Lisboa, de Daniel Blaufuks, e O Homem das Pernas Altas, de Vítor Hugo Rocha.
Abriu o festival, em antestreia nacional, o filme 20.000 Espécies de Abelhas, a primeira longa metragem de Estibaliz Urresola Solaguren, vencedor do Urso de Prata para Melhor Interpretação Principal na Berlinale deste ano, uma delicada e emotiva narrativa sobre a família e a identidade, que conta com uma brilhante interpretação de Patricia López Arnaiz. Por sua vez, Retratos Fantasmas, a mais recente criação de Kleber Mendonça Filho, encerrou o festival. É uma história de enamoramento por uma cidade, nas suas mudanças e minudências, os seus cinemas e as suas gentes. Uma declaração de amor ao Recife, que só o cinema é capaz de mostrar.
Integrado na secção Cinema Revisitado, o FILMar e o Curtas juntaram-se para rever a obra de Augusto Cabrita (1923-1993), no centenário do seu nascimento. O programa integrou um conjunto de sessões de cinema, conversas e uma exposição (8 a 31 de Julho no Teatro Municipal de Vila do Conde), que sublinham as dimensões do atento observador do diálogo entre a paisagem, social e marítima, a sua transformação pela ação humana e o que se pode guardar de uma memória em fuga.
A secção New Voices integrou, este ano, um olhar sobre as obras do português João Gonzalez — com uma carta branca que integrou filmes seus, algumas escolhas e a exposição Ice Merchants: do Sub-Consciente ao Ecrã — da espanhola Estibaliz Urresola Solaguren e do coletivo de media de guerrilha pseudo-marxista, Total Refusal.
Fizeram parte do festival os programas centrados também nas obras de Billy Roisz, Deborah Stratman e Radu Jude, bem como os dois filmes-concerto integrantes da secção Stereo: Bohren & der Club of Gore x Le Révélateur, de Philippe Garrel e Miaux x Carnival of Souls, de Herk Harvey, bem como o regresso aos palcos dos TURBO JUNK I.E com uma exposição dedicada à sua história.
De registar ainda que as várias competições do 31.º Curtas Vila do Conde registaram este ano quase 6500 inscrições, vindas de 142 países diferentes.
Participaram no 31º Curtas Vila do Conde mais de 20.000 espetadores, entre sessões de cinema, exposições, workshops, conversas, masterclasses, atividades para profissionais da indústria, transmissões online, festas e happy hours.
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